Rainha Vitória
Alexandrina
Vitória Regina, filha de Eduardo Augusto, Duque de Kent e de Strathearn e de
Vitória de Saxe-Coburgo-Saalfeld., nasceu no dia 24 de maio de 1819 e com a
morte de seu pai 8 meses depois tornou-se herdeira presumível do trono Inglês
que foi regido por seu u tio Guilherme IV do Reino Unido até sua
morte em 1830.
Vitória foi
educada de forma austera, passou a infância encerrada no Palácio de Kensington ,
era amante das letras, estudou geografia, história, falava fluentemente além do
inglês, o francês e o alemão, também tocava piano; podemos dizer que a rainha
era uma erudita apreciadora de artes, aliás, desempenhou a prática da pintura
até seus setenta anos.
A rainha Vitória reinou na Inglaterra
por sessenta e quatro anos (1837-1901), seu governo ficou conhecido como a “Era
Vitoriana”, período de grande ascensão da burguesia industrial.
Após
assumir o poder em 1837, a rainha Vitória enfrentou seu primeiro desafio, a
ascensão do movimento cartista (reivindicação dos trabalhadores) até meados de
1850. Três anos depois de sua posse como rainha, Vitória casou-se com seu
primo, o príncipe Alberto, no ano de 1840, juntos tiveram nove filhos. Alberto
desempenhou grandes influências no governo de Vitória, incentivou o
desenvolvimento das artes e das ciências, modernizou e fortaleceu o exército
britânico.
No entanto, os primeiros anos
da "Era Vitoriana" estavam muito longe dessa sonhada prosperidade.
As lutas contra o exército
napoleônico e o bloqueio continental, impediram por longo tempo, a entrada dos
produtos ingleses na Europa. A situação das classes desfavorecidas era das mais
difíceis, na Inglaterra e na Irlanda. A fome tomava conta da população. Em
1844, uma praga atingiu as plantações de batata. Uma epidemia atacou o rebanho
suíno. Mais de um milhão de camponeses abandonaram o campo, em busca de
trabalho nas fábricas.
Em 1846, para reduzir a crise,
abolia-se as leis protecionistas, permitindo a entrada de trigo estrangeiro, na
Inglaterra. É instaurado o sistema de livre câmbio, abrindo os mercados da
Europa, para os manufaturados ingleses. A política inglesa era dominada pelo
primeiro ministro Gladstone.
A participação da rainha na
vida política era pequena. Limitava-se a presidir solenidade, como a sessão no
Parlamento ou o tradicional discurso do trono, em que expressava a política do
primeiro ministro. Vitória aparece como uma espécie de árbitro entre o governo
e o povo. Na segunda metade do século XIX, a Grã-Bretanha conhecia uma grande
expansão econômica, assegurando o primeiro lugar entre as potências mundiais.
Em 1861 morre o Príncipe-Consorte, uma dura perda para a rainha que viveu em luto
por quase toda sua vida.
Vitória recebe o título de
Imperatriz da Índia, em 1876, depois de longo período de lutas. Em 1887 a
rainha comemora o Jubileu de Ouro, 50 anos de reinado. É o apogeu da rainha e
de seu império, onde o lema é "Paz e Abundância". Em 1897 é
comemorado o Jubileu de diamante da Rainha, 60 anos de reinado.
O governo
de Vitória tornou-se o maior reinado da história da Inglaterra ,mais conhecido
como a “Era Vitoriana”, o principal feito durante o seu reinado foi o apogeu da
política industrial e colonialista inglesa, marcado pela prosperidade
industrial da burguesia.
Dessa
forma, os últimos trinta anos da “Era Vitoriana” foram marcados pelo
Imperialismo e Neocolonialismo britânico, as potências industriais européias (Inglaterra, França, Alemanha) submeteram, dominaram e exploraram os continentes asiático e africano. Durante o seu reinado aconteceram alguns
conflitos, como a Guerra da Crimea (1853-1856) e a guerra dos Boers na África
do Sul (1899-1901).
Além das
atribulações políticas, a rainha Vitória desempenhou uma série de atribuições
sociais, como a Abolição da Escravidão no Império Britânico (1838), reduziu a
jornada de trabalho dos trabalhadores da indústria têxtil para dez horas
(1847), instalou o “Third Reform Act”- direito ao voto de todos os
trabalhadores (1884), além de apoiar a lei de regulação de culto público em
1874 que retirava os rituais católicos da liturgia anglicana, a rainha preferia missas curtas e simples e
gostava mais da doutrina da igreja presbiteriana escocesa do que inglesa.
Vitória via a expansão do Império Britânico como civilizacional e beneficial,
protegendo os povos nativos das potências mais agressivas ou de governantes
cruéis: "Não é nosso costume anexar países," disse
ela, "a não ser que sejamos obrigados e forçados a
fazê-lo."
No dia 22
de janeiro de 1901 , a rainha Vitória faleceu, deixando um grande legado para a
Inglaterra: a expansão territorial do império britânico e o fortalecimento da
indústria inglesa e da burguesia industrial.
Por: Beatriz e Fernanda.
Fontes:
http://www.infopedia.pt/$rainha-vitoria-de-inglaterra-(1819-1901);jsessionid=qw0Mfl2iY7uPNvp+GMnZzQ__
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